A indústria da construção civil entrou oficialmente em zona de atenção máxima. Nas últimas semanas, um ponto técnico — mas com impacto direto no bolso — acendeu o sinal vermelho nas áreas financeira e fiscal das construtoras do país: a consolidação da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre a base de cálculo do ISS.
Traduzindo para a vida real: o que pode ou não ser excluído do cálculo do imposto mudou, e quem não se adaptar rápido corre sério risco de sofrer:
- autuações com valores altos;
- multas e juros retroativos;
- aumento inesperado do passivo tributário;
- impacto direto no fluxo de caixa do empreendimento.
Para um setor que já lida com margens apertadas, prazos longos e forte pressão regulatória, qualquer deslize fiscal vira uma bomba-relógio silenciosa.
O que o STJ decidiu — e por que isso importa tanto.
No julgamento do
REsp 1.916.785/RS, o STJ reforçou que os
materiais aplicados ou incorporados à obra
podem ser excluídos da base de cálculo do ISS —
desde que haja
comprovação técnica e documental.
Parece simples, mas não é.
O tribunal deixou claro que:
- Não basta dizer que o material foi usado;
- É obrigatório comprovar, com notas, medições, memorial descritivo, ARTs e documentação organizada;
- Sinais de inconsistência podem justificar cobrança retroativa.
Ou seja: quem não tem lastro documental está vulnerável.
E aqui está o ponto que mais preocupa:
Muitas construtoras até aplicam corretamente os materiais na obra — mas não têm a documentação rastreável exigida pela fiscalização.
Resultado? Autuação na veia.
Por que isso preocupa o financeiro das construtoras
A área fiscal não trabalha mais isolada.
Hoje,
qualquer erro tributário vira um problema financeiro, que afeta:
- orçamento das obras;
- capacidade de investir;
- pagamento de fornecedores;
- credibilidade com bancos e investidores;
- projeções de repasse e fluxo futuro.
O financeiro precisa assumir o papel de primeira linha de defesa.
A questão é que boa parte das empresas ainda opera com processos manuais, documentação descentralizada, baixa governança e ausência de rotina de auditoria preventiva.
E é justamente aqui que muitas estão deixando dinheiro na mesa — ou pior: assumindo riscos sem perceber.
O erro mais comum: achar que “sempre fizemos assim” é o suficiente
A maturidade fiscal do setor subiu.
A fiscalização mudou de patamar.
Os tribunais estão consolidando entendimentos técnicos.
Mas a maioria das construtoras continua operando como em 2015.
O resultado é previsível:
Autuações que começam pequenas e se desdobram em milhões no final do processo.
E quase sempre por falhas básicas:
- Documentação incompleta;
- Registros fiscais mal organizados;
- Falta de rastreabilidade dos materiais incorporados;
- Contratos sem critérios claros;
- Provisões mal classificadas;
- Falta de auditoria contínua.
Isso tudo é evitável.
Como se proteger — e evitar prejuízos desnecessários
A Rezzú tem acompanhado de perto o movimento do STJ e as mudanças de postura das prefeituras.
Com base nesse cenário, listamos os 5 pilares que salvam construtoras de tomarem autuações caras e evitáveis:
1 - Organize a rastreabilidade dos materiais
Tudo o que é comprado, aplicado e incorporado precisa estar documentado ponto a ponto.
Sem isso, a exclusão da base do ISS simplesmente não se sustenta.
2 - Adote uma rotina de auditoria preventiva
Esperar a fiscalização bater à porta é a receita perfeita para o desastre.
Auditorias mensais ou trimestrais identificam falhas antes que elas virem multas.
3 - Revise contratos e memórias de cálculo
A maioria das inconsistências nasce na etapa contratual.
Cláusulas mal escritas = interpretações divergentes = risco.
4 - Consolide o histórico fiscal de cada obra
Cada empreendimento deve ter seu “dossiê fiscal”, com tudo registrado, versionado e disponível.
5 - Integre Jurídico + Financeiro + Fiscal
Departamentos que não conversam são o maior inimigo da conformidade.
Como a Rezzú apoia construtoras nesse novo cenário
Com a consolidação do entendimento do STJ, o setor precisa entrar em um ciclo de governança, previsibilidade e documentação forte.
A Rezzú apoia isso por meio de:
- BPO Financeiro especializado para construtoras e incorporadoras;
- Auditoria fiscal e tributária recorrente;
- Organização e rastreabilidade documental das obras;
- Revisão técnica de contratos e memoriais de cálculo;
- Prevenção de autuações e projeções de passivos;
- Integração entre dados financeiros, jurídico e fiscal.
Nosso foco é simples: blindar o caixa, reduzir riscos e aumentar a segurança operacional das construtoras.
Conclusão: 2025 é o ano em que o setor precisa amadurecer fiscalmente
A construção civil entrou numa fase em que crescimento exige governança.
Não basta vender bem.
Não basta executar bem.
Não basta repassar bem.
É preciso:
- comprovar;
- registrar;
- rastrear;
- prevenir.
O novo cenário tributário não é uma ameaça — é um alerta.
Quem ajusta agora sai na frente.
Quem ignora vai pagar a conta com juros, multa e dor de cabeça.
A Rezzú está aqui exatamente para isso: transformar complexidade fiscal em segurança operacional.

